Aos 34 anos, Nelson Évora continua a somar medalhas para o desporto português. O atleta do triplo salto sagrou-se este domingo vice-campeão europeu de pista coberta, ao saltar 17.11 metros na final, em Glasgow (Escócia), ganha pelo atleta do Azerbaijão Nazim Babayev (17.29). O alemão Max Heb (17.10) completou o pódio, no terceiro lugar..Évora não conseguiu repetir os títulos conquistados em 2015 e 2017, mas voltou a sair de uma grande competição com uma medalha, a única que Portugal conseguiu nestes Europeus de pista coberta..O primeiro salto do português aterrou na fasquia dos 16.68 metros, o segundo melhor da primeira ronda de ensaios, atrás apenas de Nazim Babayev, do Azerbaijão, que saltou logo para um novo recorde pessoal de 16.97 metros..Na segunda ronda de ensaios, o português caiu para quarto, ao ver o alemão Max Heb saltar 16.93, melhor marca pessoal do ano, e o francês Yoan Rapinier chegar aos 16.72, enquanto Évora fez um salto nulo..O atleta do Sporting repetiria o nulo no terceiro ensaio, mas ao quarto voou para a liderança com um salto acima dos 17 metros (17.11), o melhor registo pessoal nesta época. Uma liderança efémera, no entanto, pois o azeri Babayev conseguiu esticar ainda mais os seus novos limites e saltar 17.29 metros..Tanto Évora como Babayev fizeram nulos na quinta ronda de saltos, deixando tudo para decidir na última tentativa. Mas aí o salto do português voltou a ser nulo, confirmando a medalha de prata..Bicampeão europeu de pista coberta em título, face aos triunfos em 2015, em Praga, e em 2017, em Belgrado, Évora qualificara-se para a final deste domingo com a melhor marca da qualificação, 16.89 metros, ele que detém o recorde nacional em pista coberta, 17.40 metros, obtidos em março de 2018, em Birmingham (Inglaterra), que lhe valeram a medalha de bronze nos Mundiais do ano passado..A melhor marca europeia deste ano pertence ao benfiquista Pedro Pablo Pichardo, com 17,32 metros, registo com que bateu Nelson Évora no nacional de clubes. O luso-cubano não está, porém, ainda autorizado a competir por Portugal - o que acontecerá apenas nos Mundiais de Doha, ao ar livre, no próximo mês de setembro.