1. Com o voto contra da França, o Conselho da União Europeia conferiu mandato à Comissão Europeia para negociar com os Estados Unidos um acordo de comércio, dando seguimento ao compromisso nesse sentido alcançado entre Trump e Juncker em Washington no ano passado.
Não se trata obviamente de recuperar as negociações do célebre TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership), que foram uma das primeiras vítimas da eleição de Trump, em 2016. Enquanto esse acordo era para ser de largo espetro (comércio de mercadorias e de serviços, compras públicas, propriedade intelectual, investimento direto estrangeiro, etc.) e com alto nível de integração (incluindo a compatibilização regulatória entre as duas economias), o novo acordo a ser negociado limita-se ao comércio de mercadorias, excluindo mesmo a agricultura.
Após uma tentativa de concluir um megacordo comercial, a União satisfaz-se agora com um miniacordo, o mais limitado dos seus acordos comerciais com economia desenvolvidas, muito longe dos acordos com o Canadá, Singapura ou Japão.