Um conselheiro do presidente iraniano, Hassan Rouhani, declarou hoje que quaisquer negociações com os EUA devem começar por uma redução das hostilidades e um regresso ao acordo sobre o nuclear.."Respeitar os direitos da nação iraniana, reduzir hostulidades e voltar ao acordo nuclear são passos que podem ser dados para pavimentar a estrada acidentada de conversações entre o Irão e a América", escreveu em persa Hamid Abutalebi na rede social Twitter, segundo a tradução para inglês da agência de notícias iraniana ISNA..O presidente norte-americano, Donald Trump, disse na segunda-feira que estava pronto a encontrar-se com os dirigentes iranianos quando eles quisessem, sem condições prévias.."Imagino que quererão encontrar-se comigo, estou pronto para me encontrar com eles quando quiserem", declarou Trump numa conferência de imprensa na Casa Branca, uma semana depois de ter trocado mensagens hostis com Rouhani..Abutalebi disse que o Irão mostrou a sua abertura ao diálogo no passado, em particular com o telefonema entre Rouhani e o predecessor de Trump, Barack Obama, em 2013..Este diálogo esteve "baseado na ideia de medidas de construção de confiança" e o "acordo sobre o nuclear foi uma realização deste esforço e deve ser aceite", insistiu o conselheiro do presidente iraniano..No entanto, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Bahram Ghasemi, declarou na segunda-feira, antes da declaração de Trump, que as negociações com a atual administração norte-americana eram impossíveis..Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 em maio e prepara-se para voltar a impor sanções a Teerão em duas etapas, em agosto e em novembro..Trump disse pretender um novo acordo que vá além das limitações do atual..O acordo de 2015 foi assinado pelo Irão e pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China), mais a Alemanha. Teerão comprometeu-se com os fins pacíficos do seu programa nuclear e as potências internacionais levantaram parte das sanções ao país.