"A NATO está a seguir de perto os acontecimentos no mar de Azov e no estreito de Kertch e em permanente contacto com as autoridades ucranianas", indicou a porta-voz da Aliança Atlântica Oana Lungescu, em comunicado..A NATO apela igualmente à "contenção e à redução de tensões"..No domingo, a Armada ucraniana acusou a Rússia de ter apresado três navios militares da Ucrânia e fechado o estreito de Kertch, tendo para o efeito disparado contra as embarcações e ferido três pessoas, situação que já foi confirmada por Moscovo..A porta-voz recordou que a NATO "apoia plenamente" a soberania da Ucrânia e a sua integridade territorial, incluindo o seu direito a navegar nas suas águas territoriais.."Pedimos à Rússia que garantisse um acesso sem impedimentos aos portos ucranianos no mar de Azov, de acordo com a lei internacional, concluiu..Lungescu sublinhou que, na cimeira Aliada de julho passado, em Bruxelas, os líderes da NATO expressaram o seu apoio à Ucrânia e deixaram claro que a militarização russa em curso na Crimeia, no mar Negro e no mar de Azov faz "supor mais ameaças à independência da Ucrânia e agita e põe em causa a estabilidade da região"..Entretanto, a alta representante da União Europeia para a Política Exterior exigiu à Rússia que restaure a liberdade de circulação no estreito de Kertch, para baixar a tensão na região.."Esperamos que a Rússia restaure a liberdade de passagem no estreito de Kertch e apelamos a todos para atuarem com a maior contenção para baixar a tensão imediatamente", indicou a porta-voz de Frederica Mogherini, em comunicado.."A União Europeia não reconhece e não reconhecerá a anexação ilegal da península da Crimeia por parte da Rússia", frisou..O ataque de domingo, que sucedeu a Moscovo acusar uma frota ucraniana de violar as suas águas territoriais, foi efetuado por uma embarcação da guarda costeira do Serviço Federal de Segurança..A tensão em Azov disparou desde que Moscovo construiu, em maio passado, a ponte da Crimeia, que une a península com a Rússia..Após isto, redobraram as inspeções aos navios ucranianos, o que Kiev considera um bloqueio aos seus portos em Azov.