NATO apoia zona tampão na Síria mas sem se envolver no conflito

Turquia e Estados Unidos vão criar uma área segura em território sírio para acolher civis que fogem à guerra neste país. O conflito levou 1,5 milhões de pessoas a entrarem só na Turquia.
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Não haverá intervenção militar da Aliança Atlântica no conflito sírio nem ao lado da Turquia no combate que esta move aos islamitas e aos militantes independentistas curdos do PKK. Por outro lado, a NATO apoia o projeto do governo de Ancara de criação de uma zona de segurança em território sírio para os refugiados, impedindo que estes continuem a afluir à Turquia.

Estas são as principais conclusões da reunião da Aliança Atlântica que decorreu ontem em Bruxelas a pedido de Ancara, que invocou o artigo 4.º do Tratado fundador da NATO. Neste estabelece-se que um país membro pode pedir a realização de consulta com os restantes aliados, caso sinta que a sua segurança está sob ameaça. Em nenhum momento, a Turquia solicitou o envolvimento de efetivos aéreos ou terrestres dos aliados, de acordo com fontes ligadas à reunião citadas nas agências. O que poderia fazê-lo ao abrigo do artigo 5.º, em que se prevê uma intervenção militar dos membros da NATO em caso de ataque a um deles.

A Turquia tem sido o país mais procurado pelos civis sírios que procuram escapar a uma guerra civil de mais de quatro anos, e que causam já 220 mil mortos. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) recenseou no início de 2015 cerca de 1,5 milhões de sírios fixados na Turquia. Números referidos nestes últimos dias pelas autoridades de Ancara colocam mais alto este número: 1,7 a 1,8 milhões de refugiados.

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