Nápoles sagra-se campeão italiano 33 anos depois de Maradona

Empate no campo da Udinese confirmou título há muito anunciado. Entre os novos campeões está o defesa português Mário Rui.
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33 anos depois, o Nápoles voltou esta quinta-feira a festejar o título de campeão italiano, pela terceira vez na história, depois dos troféus conquistados em 1986/87 e 1989/90 com Maradona como grande estrela da equipa.

Num jogo onde bastava uma igualdade à equipa do sul de Itália, o Nápoles empatou (1-1) nesta quinta-feira no campo da Udinese, sagrando-se já campeão à passagem da 33.ª jornada (faltam cumprir ainda cinco rondas), com mais 16 pontos do que a Lazio, a segunda classificada. O golo dos napolitanos foi apontado por Osimhen, aos 53'.

A equipa do sul de Itália juntou-se assim ao lote dos quatro clubes que se sagraram campeões na Serie A a cinco jornadas do fim do campeonato - o Torino, em 1948, a Fiorentina, em 1956, Inter Milão em 2007 e Juventus em 2019, na primeira época de Cristiano Ronaldo.

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Como o jogo se disputou em Udine, os responsáveis do Nápoles abriram as portas do Estádio Diego Maradona, onde mais de 60 mil adeptos seguiram a partida através dos écrans gigantes do recinto. E a festa rebentou logo aí, e durante a noite e madrugada vai espalhar-se pelas ruas da cidade.

Há 33 anos, data do último título, na equipa então orientada por Alberto Bigon, a estrela maior era Diego Armando Maradona, mas havia ainda Alemão, Careca, Andrea Carnevale, Ciro Ferrara ou De Napoli. Naquela época, os ciucarelli terminaram o campeonato na primeira posição, com mais dois pontos do que AC Milan de Arrigo Sacchi, onde pontificavam nomes como Van Basten, Ancelotti, Donadoni, Rijkaard, Baresi e Maldini.

O domínio do Nápoles na Serie A foi avassalador. E um dos maiores obreiros deste grande feito foi o treinador Luciano Spalletti, 64 anos, que depois de ter treinado AS Roma, Inter Milão, entre outros, está na segunda época no comando do Nápoles. Deu início a um projeto, e colheu agora os frutos.

O mais incrível é que neste Nápoles não há grandes estrelas, é um conjunto de bons jogadores que vale pelo seu todo. Segundo o site transfermarkt, o plantel está avaliado em 629 milhões de euros (devido à boa campanha desta época valorizou 15%). O jogador com maior valor de mercado é o avançado nigeriano Victor Osimhen (100M), o melhor marcador com 27 golos em todas as competições, seguido do extremo georgiano Khvicha Kvaratskhelia (85M) e do central sul-coreano Min-jae Kim (50M).

No plantel do Nápoles há um jogador português, o defesa esquerdo Mário Rui, 31 anos, habitual titular que esta época participou em 27 jogos (21 no campeonato e seis na Champions), sem golos mas com sete assistências. O defesa junta-se assim a um lote de portugueses que já se sagraram campeões em Itália, casos de Paulo Sousa (Juventus), Futre (AC Milan), Dimas (Juventus), Fernando Couto (Lazio), Sérgio Conceição (Lazio), Rui Costa (AC Milan), Luís Figo (Inter Milão), Maniche (Inter Milão), Quaresma (Inter Milão), João Cancelo (Juventus), Cristiano Ronaldo (Juventus) e Rafael Leão (AC Milan).

O nome de Maradona estará presente nos festejos de mais este título, ele que foi a grande figura da equipa nos dois últimos títulos, e que no final de 2020 deu o seu nome ao estádio, uma homenagem feita pela câmara da cidade depois da morte de El Pibe a 25 de novembro de 2020.

nuno.fernandes@dn.pt

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