"Não voto com a vagina". Susan Sarandon rejeita Clinton... e Trump
"Não voto com a minha vagina", Foi esta a resposta de Susan Sarandon em entrevista no programa Newsnight, da BBC, quando questionada sobre a importância de os Estados Unidos elegerem pela primeira vez uma mulher para a presidência. A atriz norte-americana disse que não vai votar em Hillary Clinton nem em Donald Trump: está à espera da "mulher certa".
Sarandon quis falar sobre as manifestações em Dakota, Estados Unidos, contra a construção de um oleoduto, e preferiu não tecer grandes comentários sobre as eleições presidenciais. "Isto é maior do que isso. Não quero perder muito tempo a falar de Trump e Hillary porque não é por isso que estou aqui", afirmou a atriz de 70 anos. "Isto é mais importante do que quem ganha as eleições", concluiu.
A "mulher certa" para Susan Sarandon parece ser Jill Stein. A atriz já tinha afirmado no passado que iria votar na candidata dos Verdes e, no final de outubro, publicou um texto no Facebook em que explicava porquê.
[citacao:O medo de Donald Trump não é o suficiente para eu apoiar Clinton]
"Estou muito feliz por apoiar Jill Stein para a presidência porque ela defende tudo aquilo em que acredito", escreveu a atriz.
"O medo de Donald Trump não é o suficiente para eu apoiar Clinton, com o seu historial de corrupção", disse ainda no Facebook.
Susan Sarandon apoiava abertamente o democrata Bernie Sanders e, após este ter perdido as primárias para Clinton, a atriz descreveu o Partido Democrático como "muito corrupto".
Sarandon tem feito ainda questão de assinalar que acredita que os candidatos independentes devem fortalecer-se para mudar o cenário do governo, que varia geralmente entre o partido democrático e republicano.
"A razão de estarmos nesta situação (de crise social, política e ambiental) é porque toda a gente está a votar no menor dos males há muito tempo", criticou a atriz, numa outra entrevista à CNN, já na quinta-feira.
Na entrevista com a BBC, Sarandon defendeu que a situação de Dakota devia ser prioritária. "Água é tudo, e o que acontece nesta eleição não vai importar se não tivermos água", explicou a atriz.