Direito de resposta. "Não tomem o povo por parvo"

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Na sequência do editorial publicado na página 2 da vossa edição de 1 de junho, com o título "Não tomem o povo por parvo", venho exercer o direito de resposta nos termos da Lei 2/99 de 13 de janeiro, na sua redação atual.

O editorial parte de um pressuposto falso, ao assumir que "as forças de segurança foram, de novo, desautorizadas quando, alegadamente, lhes é pedido para ficarem quietas e sem poder usa a força [...] para pôr ordem nas ruas" do Porto aquando da realização da final da Liga dos Campeões, no passado sábado.

Não dei qualquer indicação ou instrução ao Diretor Nacional da PSP, superintendente-chefe Magina da Silva, relativa à atuação operacional dos polícias envolvidos naquela operação de segurança - nem antes, nem durante nem depois do jogo.

Isso mesmo foi esclarecido ontem pela comandante do Comando Metropolitano do Porto da PSP, superintendente Paula Peneda, quando "desmentiu qualquer pedido emanado do Ministério da Administração Interna para que o Corpo de Intervenção se abstivesse de carregar sobre os adeptos ingleses".

A oficial garantiu mesmo que "essa ordem não poderia ser dada".

Tal como já ontem a PSP tinha emitido um Comunicado sobre a matéria, que se junta em anexo, e que o DN deliberadamente ignorou.

Lisboa, 1 de junho de 2021

O Ministro da Administração Interna,

Eduardo Cabrita

NOTA DA DIREÇÃO

Na sequência do direito de resposta publicado:

Não é verdade que o DN tenha deliberadamente ignorado, ou sequer ignorado, o Comunicado da PSP. Daí que, e precisamente por isso, se tenha escrito no Editorial em causa que as forças de segurança haviam sido desautorizadas por, "alegadamente", lhes ter sido pedido que ficassem quietas. Mas isto foi algo que o Senhor Ministro deliberadamente preferiu ignorar.

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