"Não foi só o Ronaldo contra a Espanha, todos lutámos"
Foi no Sport Club Português, em Newark, nos Estados Unidos da América (EUA) que António Costa assistiu ao empate da seleção no jogo inaugural do mundial 2018 frente a Espanha.
O ambiente de festa começou ainda antes da partida: centenas de portugueses e lusodescendentes esperavam o chefe de governo no salão na sede organização cultural e desportiva fundada em 1921. Caso de David Pontes, 36 anos feitos no dia do jogo. "Não me importa quem marca", afirmou, "até pode ser o guarda-redes, O que interessa é que marquemos mais um do que Espanha". O lusodescendente, que já nasceu nos Estados Unidos, conta, num português quase perfeito, que só fala a língua de Camões "porque a avó não falava inglês e, para poder falar com ela, tive de aprender".
A chegada de António Costa foi marcada por um ambiente de euforia, com gritos de "Portugal! Portugal!", muitas selfies, abraços e beijinhos ao primeiro-ministro que se sentou na primeira de muitas filas de cadeiras para assistir à partida no ecrã gigante do salão.
Num pequeno mar de camisolas vermelhas e barraquinhas de cerveja e pão com chouriço, a comunidade ali presente festejou do primeiro ao último minuto, mesmo quando o mostrador mostrava números pouco simpáticos para a equipa das quinas: os gritos de apoio à seleção foram uma constante, assim como os suspiros de desespero sempre que Espanha atacava.
A explosão de alegria no momento em que Portugal marcou o primeiro golo contagiou o primeiro-ministro, que festejou efusivamente com a comitiva, e repetiu-se com o segundo golo. António Costa, que antes da partida disse que esperava que a seleção praticasse bom futebol e que o resultado fosse uma vitória, celebrou durante vários minutos, de braços no ar e sorriso rasgado entre abraços ao embaixador de Portugal nos Estados Unidos e ao secretário de Estado das Comunidades.
Ao longo de todo o jogo um bombo ajudou a marcar o ritmo do apoio das centenas de pessoas. E quem o tocou foi Isabella, de dezasseis anos de idade, nascida já nos Estados Unidos. Vestida com a camisola da seleção, e falando num português perfeito e sem sotaque, disse esperar que "Portugal ganhe, nós precisamos disto!" e elogiava a presença de António Costa: "acho fantástico, mostra aos portugueses que podemos viver aqui mas ainda estamos ligados a Portugal".
No final o primeiro-ministro garantia que "não foi só o Ronaldo contra a Espanha, fomos todos nós a lutar por Portugal". António Costa, que vibrou com os golos da seleção, afirmou que "sofremos todos", mas enfatizou que "tão ou mais emocionante que a luta até ao último segundo para não perdermos o jogo, foi este ambiente extraordinário portugueses aqui em Newark e certamente em todo o mundo a torcer pela nossa seleção. Não foi só o Ronaldo contra a Espanha, fomos tidos nós a lutar por Portugal", concluiu. Para a semana há mais.