"Não é possível ter semana de quatro dias sem pressoas, é prematuro abrir a discussão"
Falar da redução do período de trabalho numa atividade que serve 24 horas por dia, todos os dias do ano, é, para a vice-presidente executiva da AHP, um não-assunto. Numa altura em que vários setores do país se veem a braços sem trabalhadores, Cristina Siza Vieira defende que são precisos "emigrantes" e quer ver acelerados os acordos de mobilidade com os países da CPLP.
Ao executivo de António Costa levanta o cartão vermelho por não ter inscrito no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) maiores incentivos à criação de emprego e à melhoria dos salários dos trabalhadores. À TAP pede que evite as greves agendadas para dezembro e alerta sobre o impacto que a paralisação poderá ter no turismo neste fim de ano.
No início do ano havia uma escassez de 45 mil trabalhores no turismo - 15 mil na hotelaria. O cenário mantém-se?
A carência continua. A nossa expetativa é que com os acordos de mobilidade se possa suprir aquilo que vai sendo um problema clássico.
A associação tem sido uma voz crítica à morosidade e à burocracia em torno destes acordos. Já estão a ser dados passos?
Ainda não tenho feedback positivo para dar. Não sei se teremos notícias para tão breve quanto desejaríamos. Há outras situações que temos de resolver, como a questão da habitação, por exemplo. O grosso dos hotéis não tem capacidade de alojamento dos seus trabalhadores.