Num comunicado oficial, divulgado em português e em inglês no 'site' do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o PNUD confirma que Artur Baptista da Silva "não é e nunca foi funcionário do PNUD, nem porta-voz autorizado para a organização de desenvolvimento global"..O PNUD acrescenta que "as opiniões do Sr. Artur Baptista da Silva são única e exclusivamente dele e não refletem a posição da organização" e vai notificá-lo de que "não está autorizado a falar em nome da organização"..Artur Baptista da Silva apresentou-se como consultor da ONU e coordenador de um suposto Observatório Económico e Social criado no âmbito do PNUD, perante várias associações, entre as quais a Academia do Bacalhau e o International Club of Portugal, sendo inclusivamente convidado como orador num jantar-debate organizado por esta entidade..Nesta qualidade deu ainda várias entrevistas a rádios, jornais e televisões, afirmando ser também autor de um estudo sobre pobreza e desigualdade, que teria sido inclusivamente premiado com um Feelings Award da UNESCO..O trabalho é, na realidade, da autoria de Martin Ravallion, ex-diretor do departamento de investigação do Banco Mundial, que disse à Lusa desconhecer Artur Baptista da Silva ou como beneficiou deste plágio..O pretenso especialista, que afirmava também ser professor de uma universidade norte-americana que já não existe, enviou na quinta-feira um "esclarecimento" à agência Lusa, garantindo que é apenas "colaborador voluntário" da ONU..Confirma nessa nota que foi condenado por duas vezes: num dos casos não explica qual o crime cometido, noutro reconhece ter sido culpado de um "trágico atropelamento mortal", pelo qual cumpriu pena de 13 meses de prisão efetiva..O semanário Sol noticia na sua edição de hoje que o falso coordenador da ONU é alvo de 18 processos-crime, alguns dos quais ainda em fase de investigação.