Músicos querem impedir biografias não autorizadas
O movimento é liderado por Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil, que foi ministro da Cultura durante a presidência de Lula da Silva, Erasmo Carlos e Djavan.
Numa coluna hoje publicada no diário O Globo, do Rio de Janeiro, Caetano Veloso defendeu o direiro á "intimidade" do biografado e considerou "desproporcionado" o tratamento dado pelos meios de comunicação à intenção do grupo, que se apoia na Constituição brasileira, noticia a Efe.
"Censor, eu? Nem morto. Mas nesta guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade todo o cuidado é pouco", escreveu Veloso, que foi alvo nos últimos días de muitas críticas de escritores e até colegas de profissão, nas redes sociais.
Caetano Veloso defendeu algumas biografias não autorizadas, como as do ex-Presidente José Sarney e a do jornalista Roberto Marinho, fundador da Rede Globo, mas deu como exemplo o "sofrimento" da autora de telenovelas Glória Pérez, que impediu a publicação de um livro do ator Guilherme de Pádua.
Na prisão, Pádua tinha escrito "A História que o Brasil desconhece", um livro sobre Daniela Pérez, também atriz e filha da argumentista, que o ator assassinou depois de uma gravação de um dos capítulos da telenovela que os dois protagonizavam, na década de 1990.
"O perigo é a proliferação de escándalos", justifica o cantor que defende uma maior atenção ao direiro á privaciddae.
Caetano Veloso é um dos mais internacionais músicos brasileiros, e este ano está nomeado para quatro categorías dos prémios Grammy Latinos, que serão entregues no día 21 de novembro, em Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.