Museu de salsichas já não vai instalar-se em campo de concentração

Oposição da opinião pública e dos judeus em particular levou o Bratwurstmuseum a desistir da ideia.
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A Associação Friends of the Thuringian Bratwurst já não vai transferir o museu das salsichas alemãs, o Bratwurstmuseum, para o campo de concentração de Buchenwald, em Mühlhausen, na Alemanha. Uma decisão tomada depois de a medida, que previa também a instalação de um hotel, ter sido fortemente criticada pela opinião pública, nomeadamente judaica.

"Congratulo-me com o facto de ter sido decidido procurar um novo local", disse Josef Schuster, diretor do Conselho Central de Judeus da Alemanha, ao jornal Tagesspiegel, em Berlim.

O museu recorreu ao site para pedir desculpa pelo decisão anterior de construir uma atração turística num local ligado "ao capítulo negro da história alemã". E mais: "Pedimos desculpa a todos aqueles que entenderam as nossas ações como uma forma de relativizar ou banalizar os crimes do nacional-socialismo e cujos sentimentos ideológicos e religiosos foram feridos."

No campo de concentração de Buchenwald estiveram detidas 250 mil pessoas, entre 1937 e 1945. Estima-se que ali tenham morrido 56 mil pessoas - assassinados, de doença, frio ou fome - entre judeus, opositores ao regime nazi, ciganos e prisioneiros de guerra soviéticos.

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