Inês Henriques acredita que o recorde mundial que hoje bateu nos 50 km marcha dos Campeonatos do Mundo de atletismo, em Londres, é importante para a continuidade da prova masculina.."Os 50 km estiveram em risco para os Jogos Olímpicos em 2020. Para os 50 km masculinos se manterem, se mais mulheres fizerem - e eu demonstrei que nós mulheres também conseguimos fazer -, vamos ter [50 km marcha] masculinos e femininos e vão perdurar", garantiu..A vencedora da prova, que pela primeira vez foi disputada em Campeonatos organizados pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), acredita que, ao ter introduzido os 50 km femininos, a possibilidade de passar a modalidade olímpica é maior.."O meu objetivo é estar em Tóquio [em 2020], vamos ver se nos 50 km", adiantou, na conferência de imprensa das três medalhadas..A portuguesa Inês Henriques conquistou hoje a medalha de ouro nos 50 quilómetros marcha dos Mundiais de atletismo, em Londres, juntando ao troféu o novo recorde do mundo, de 4:05.56 horas..O pódio nos Mundiais de Londres foi completado com duas atletas chinesas: Hang Yin, prata, com 4:08.58, e Shuqing Yang, bronze, com 4:20.49..A inclusão da prova nos Campeonatos só foi anunciada tardiamente, pelo que foram admitidas apenas sete atletas, pelo que foi disputada ao mesmo tempo e no mesmo circuito dos 50 km marcha masculinos..Inês Henriques mostrou-se favorável a que esta prova continue mista, até porque, demorando cada prova cerca de quatro horas, realizar as duas no mesmo dia é prolongado.."Penso que podem fazer as duas provas juntas porque vai ter ainda mais espetáculo", argumentou..A atleta manifestou-se também confiante de que é possível às mulheres completarem a prova em menos de quatro horas se mais atletas habituadas a fazer 20 km mudarem para esta distância..Henriques teve ainda uma palavra de apoio e consideração pela norte-americana Erin Talcott, que foi desqualificada, mas que esteve na origem do movimento que convenceu a IAAF a admitir esta prova nos Campeonatos.