O relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária relativo a 2020, apresentado esta segunda-feira pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), avança também que no ano passado aumentaram 18,7% as detenções dos condutores por falta de habilitação legal, passando das 6.796 em 2019 para as 8.069 no ano passado..Segundo o relatório, foram fiscalizados perto de 113 milhões de veículos em 2020, um aumento de 19,4% em relação a 2019, destacando-se o acréscimo de 23% da fiscalização automática através do sistema de radares de controlo de velocidade da ANSR e de 103,5% da Polícia Municipal de Lisboa, apesar do decréscimo de 10,5% da fiscalização da GNR e PSP. Dos 112,8 milhões de veículos fiscalizados, resultaram 1,216 milhões de multas em 2020, o que representa uma diminuição de 6,9% face ao ano anterior. A ANSR sublinha ainda que 62,9% do total das infrações regatadas em 2020 correspondeu ao excesso de velocidade..De acordo com o mesmo documento, apenas o excesso de velocidade aumentou em 2020, registando uma subida de 14,5% face a 2019, um acréscimo que está essencialmente relacionado com o sistema de radares fixos da ANSR. No total, 764.565 condutores foram apanhados em excesso de velocidade no ano passado, contra os 667.954 em 2019..A ANSR precisa que todas os restantes tipos de infrações registaram uma descida, designadamente menos 55,7% pela não utilização da cadeirinha de bebé, menos 46,2% no excesso de álcool no sangue, menos 24,7% pelo uso do telemóvel ao volante, menos 24,4% pela falta de cinto de segurança e menos 18,2% por falta de inspeção periódica obrigatória..Relativamente à condução sob o efeito do álcool em 2020, o relatório dá conta que foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool cerca de 1,1 milhões condutores, uma diminuição de 38,1% comparativamente com o ano anterior, sendo que o número de infrações desceu cerca de 46% ao passar de 33.826 autos para 18.199. Já no âmbito da criminalidade rodoviária, o número total de detenções efetuadas em 2020 diminuiu 15,8%, em comparação com 2019, atingindo 19.997 condutores, e perto de metade das detenções deveu-se à condução sob o efeito do álcool (47,3%), apesar de se ter verificado uma diminuição de 28,9% no número de detenções por este motivo.