Mulher queimada recebe transplante facial total
Veja a reportagem da ITN sobre o caso:
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O transplante facial demorou 15 horas e foi realizado por uma equipa médica com mais de 30 profissionais do Brigham & Women's Hospital de Boston, EUA, que utilizou a pele de um cadáver para recuperar o pescoço, nariz, lábios, músculos faciais, nervos e artérias de Tarleton.
Até agora, a mulher de 44 anos tinha dificuldade em reter a saliva, devido às cicatrizes na boca, e não conseguia virar a cabeça ou levantar o queixo. Bohdan Pomahac, o chefe da cirúrgia, disse em conferência de imprensa que as suas lesões estavam entre as piores que já tinha visto na sua carreira.
"A Carmen é uma lutadora", acrescentou.
À mesma conferência compareceu a irmã da transplantada, Kesstan Blandin, que agradeceu à família da dadora pela "grande dádiva possibilitada".
Nada se sabe sobre a identidade da dadora. Os médicos asseguraram o seu anonimato e garantiram que, embora Carmen tenha agora os tecidos faciais de outra pessoa, não se irá parecer com ela.
A própria descreveu em comunicado estar exultante com o resultado da operação: "Eu sei o quão abençoada sou e vou ter um reflexo no espelho para me lembrar o que representa um ato altruísta".
Antes do ataque, Carmen Blandin Tarleton trabalhava como enfermeira na unidade de transplantados, mas a suspeita de que andava a trair o marido levou ao ataque que quase a matou. Antes de a queimar com lixívia, Rodgers Tarleton, o marido, fraturou-lhe um dos globos oculares e um braço. A confissão do crime só chegou em 2009, depois de lhe ser oferecida uma pena de prisão reduzida para 30 anos.