Mulher que matou e desmembrou homem no Algarve encontrada morta na prisão de Tires
Uma das mulheres acusadas da morte e de desmembramento de um homem em março de 2020, em Albufeira, no Algarve, foi esta quarta-feira encontrada morta na cela, na prisão feminina de Tires, no concelho de Cascais.
"A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais [DGRSP] informa que, lamentavelmente, se registou, ao final da manhã de hoje, dia 29 de dezembro, um morte por suicídio no Estabelecimento Prisional de Tires", confirmou o organismo ao JN.
A jovem, uma segurança de 20 anos, tinha "optado por ficar no seu espaço celular, não usufruindo o recreio da manhã", tendo sido depois "encontrada por elementos da vigilância na abertura das celas para o almoço". Apesar das tentativas de reanimação por parte dos Serviços Clínicos do Estabelecimento, o óbito acabou por ser declarado no local pelo INEM.
A morte foi comunicada às autoridades policiais e judiciárias competentes e o cadáver irá agora "ser encaminhado para o Instituto Nacional de Medicina Legal, para se proceder à autópsia. Foi ainda determinada a abertura de um processo de inquérito a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção Sul desta Direção Geral e que é coordenado por Juíza de Direito.
O Tribunal de Portimão condenou, a 27 de abril deste ano, Maria Malveiro a 25 anos de prisão, tendo ainda decretado que Mariana Fonseca, uma enfermeira de 24 anos, ia ficar em liberdade até que a decisão transite em julgado.
Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo que julgou o caso afirmou que o tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana Fonseca.
O tribunal decidiu, assim, condenar Maria Malveiro a 25 anos de prisão, e Mariana Fonseca a quatro anos, decretando a sua restituição imediata à liberdade, já que os crimes que lhe são imputados não são passíveis de configurar a aplicação de prisão preventiva.
Mariana Fonseca, enfermeira, de 24 anos, e Maria Malveiro, segurança, de 20 anos, estavam acusadas dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo.