Muitos branqueamentos dentários são ilegais

Há branqueamentos dentários a laser que estão a ser feitos de forma ilegal em cabeleireiros, esteticistas, spas e parafarmácias que podem representar um perigo para a saúde pública, denuncia a Ordem dos Médicos Dentistas.<br />
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O bastonário Orlando Monteiro da Silva sublinha que o branqueamento dentário é um acto médico que tem de feito por profissionais habilitados e em ambiente clínico, o que nem sempre é cumprido. "O médico dentista tem de avaliar se uma pessoa tem condições para fazer o branqueamento. E é preciso estar clinicamente preparado para eventuais efeitos, embora raros, que podem ocorrer durante um branqueamento, como queimaduras", explica à agência Lusa.

A única excepção é para produtos que contêm baixo teor do composto do branqueamento, normalmente elixires e dentífricos. Mesmo os produtos com médias concentrações que podem ser colocados em casa requerem aconselhamento e supervisão médica.

Segundo uma ronda realizada pela Lusa em alguns consultórios, uma sessão de branqueamento de duas horas num dentista pode ficar a 300 ou 400 euros, enquanto há estéticas e parafarmácias que "vendem" branqueamentos por 100 euros.

" Ordem dos Dentistas têm chegado várias queixas de locais que publicitam e executam branqueamentos a laser, que têm sido encaminhadas para várias autoridades: delegados de saúde, Direcção Geral da Saúde, Entidade Reguladora da Saúde, Autoridade da Farmácia e do Medicamento e Deco. Monteiro da Silva reconhece que há um "vazio de regulação", que faz com que "ninguém se sinta responsável por intervir. 

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