MP: Destruição de provas não altera relatórios prévios das autoridades
Em declarações à Lusa, fonte do Ministério Público de Albufeira admitiu que a derrocada controlada destruiu as provas mas sublinhou que esse facto não altera os relatórios feitos previamente pela Polícia Judiciária e Ministério do Ambiente.
A mesma fonte judicial confirmou que o Ministério Público já tem em seu poder o auto da notícia da Polícia Marítima relativo à trágica derrocada, mas que ainda falta receber o resultado das autópsias das vítimas, informação que deverá estar disponível "na próxima terça-feira".
No domingo, dia em que as autoridades do Ambiente ordenaram o desmoronamento controlado do rochedo na praia Maria Luísa, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou que o MP "tem necessariamente que abrir um inquérito-crime" à tragédia para "averiguar eventuais responsabilidades pelo sucedido".
"Uma vez que é evidente que a arriba constituía um perigo para a integridade física das pessoas, a situação não podia deixar de ser do conhecimento das autoridades competentes e, face ao resultado (cinco mortos e três feridos), o MP tem necessariamente que abrir um inquérito-crime", disse João Palma à Agência Lusa.
O ministro do Ambiente garantiu, por seu turno, colaboração com o Ministério Público no caso da derrocada em Albufeira.