A procuradora do Ministério Público (MP) pediu que o colectivo de juízes condene Abel Pinheiro, Eunice Tinta e José António Valadas, estes dois últimos à data dos factos funcionários do CDS, pelo crime de falsificação de documentos..Nas alegações finais, a procuradora do MP deu ainda como provado o crime de abuso de poder para os três arguidos relacionados com a Direcção-Geral das Florestas..São eles: António de Sousa Macedo, ex-director geral das Florestas, Manuel Rebelo, ex-membro desta direção, e António Ferreira Gonçalves, antigo chefe do Núcleo Florestal do Ribatejo..O Ministério Público não deu como provado que tenha havido crime de tráfico de influências, dos quais era acusado Abel Pinheiro e três administradores do grupo Espírito Santo, justificando existirem "algumas dúvidas quanto à existência de favorecimento para o grupo Grão-Pará e para o CDS"..O caso Portucale está relacionado com o abate de sobreiros na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um projeto turístico-imobiliário da empresa Portucale, do Grupo Espírito Santo, e começou a ser julgado em Fevereiro, tendo passado pelo tribunal, como testemunhas, algumas personalidades políticas, entre as quais o actual ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, o social-democrata e ex-ministro Nuno Morais Sarmento e o ex-titular da pasta do Ambiente Luís Nobre Guedes..O processo está em julgamento nas Varas Criminais de Lisboa, no Campus de Justiça, no Parque das Nações..Os 11 arguidos são Abel Pinheiro, Carlos Calvário, José Manuel de Sousa e Luís Horta e Costa (estes três ligados ao GES), António de Sousa Macedo (ex-director-geral das Florestas), Manuel Rebelo (ex-membro da Direcção-Geral das Florestas), António Ferreira Gonçalves (ex-chefe do Núcleo Florestal do Ribatejo), João Carvalho, Teresa Godinho, Eunice Tinta e José António Valadas (funcionários do CDS à data dos factos).