Movimento Revolução Branca entrega cravos e declaração

O movimento cívico Revolução Branca entrega hoje uma "Declaração contra a Incompetência, a Irresponsabilidade e o Propósito" e 233 cravos brancos ao Presidente da República, ao primeiro-ministro, à presidente da Assembleia da República e a todos os deputados.
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Em comunicado, o movimento apartidário, que aponta como seus objetivos "consciencializar, alterar a Constituição e as leis eleitorais, impedir a 'escravatura' e transformar o Estado português", indica que todas as entidades que receberão, entre as 11:30 e 12:15, a declaração e os cravos "foram devidamente informadas".

Na declaração, encabeçada pela frase "Exigência: Um Governo que sirva Portugal", o movimento Revolução Branca acusa a classe política de "mais uma vez, num autêntico hino à incompetência, à irresponsabilidade e ao propósito, forçar o caos na sociedade portuguesa, procurando arranjar mais um 'bode expiatório' para os males que nos apoquentam, culpando, como já o vem fazendo há muito, a Constituição da República Portuguesa".

A "inconstitucionalidade de medidas consideradas estruturais", inscritas na lei do Orçamento do Estado, "é da inteira responsabilidade de todos os partidos políticos, que não desejaram qualquer solução de consenso. Pelo contrário, todos utilizaram o Orçamento do Estado como arma de arremesso face aos interesses políticos e partidários, espezinhando conscientemente o bem comum, o bem de Portugal e o futuro dos cidadãos", lê-se no documento.

Segundo o movimento, "mais uma vez, os cidadãos foram tratados como carne para canhão, nas guerras políticas, pelos partidos políticos que os deviam representar, mas que não conseguem olhar para além do seu próprio umbigo e dos interesses de quem os patrocina".

E terá sido "um desfecho ideal para todos" os partidos, defende: para os do Governo, porque "encontraram novamente um motivo para justificar o que de mal fizeram, os erros que cometeram e as incapacidades que têm", e para a oposição, que "rejubilou com os tempos difíceis que se avizinham, (...) enjeitando responsabilidades e recusando garantir qualquer outra solução que não exigir eleições antecipadas e, novamente, lançar mais do mesmo na governação deste país".

A declaração prossegue com uma crítica ao Presidente da República que, de acordo com o movimento, "assumiu, como sempre, uma posição inspirada em histórico governador romano, lavando as mãos, dizendo que faz sempre o possível, querendo transmitir ao povo que nada mais pode fazer e derrogando conscientemente os seus poderes constitucionais".

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