Moscovici esteve à conversa com Centeno mais de duas horas

Aproveitando a sua passagem por Lisboa, para participar na Conferência do DN, o comissário europeu definiu com o recém-eleito presidente do Eurogrupo os desafios para 2018
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Mário Centeno e Pierre Moscovici estiveram à conversa mais de duas horas, na noite de quarta-feira, sobre os desafios que se colocam à Europa no próximo ano, revelou hoje o comissário europeu Pierre Moscovici na Conferência do DN.

Aproveitando a sua passagem por Lisboa, para participar hoje na Conferência sobre "que Europa queremos", Moscovici definiu com o recém-eleito presidente do Eurogrupo, o ministro das Finanças português, os desafios para 2018. "Temos de perseguir três prioridades" até às eleições europeias de 2019, revelou o comissário esta quinta-feira de manhã, na sua intervenção no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

A primeira das prioridades é a conclusão do programa de ajustamento grego. "Estou muito otimista que o programa se conclua em agosto", apontou, esperando que a Grécia avance para um novo capítulo, apesar de ainda existirem reformas por fazer, um objetivo comungado por "Mário", como se referiu a Centeno por duas vezes.

Este exemplo grego, somado ao que Moscovici diz serem as boas perspetivas de Espanha e França, para além da saída de Portugal do programa de ajustamento, "prova que os procedimentos que adotámos durante a crise funcionaram".

Outra prioridade é a necessidade de promover ferramentas para a convergência europeia, apontando a necessidade de criar um fundo monetário europeu. O comissário insistira na palavra "convergência" também naquela que será a terceira prioridade que é a de combate à evasão fiscal e fraude fiscal. Sublinhando que este é um combate que "nunca está terminado", Moscovita sublinhou que a Europa, apesar de ter feito "progressos notáveis" e ser "líder mundial" neste capítulo, precisa de "ter mais transparência e convergência", exemplificando com o fim do segredo bancário em toda a Europa. "Alguns podem lamentá-lo, mas eu não."

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