Morte por enfarte em Portugal é metade da registada na UE

No AVC, é necessário reforçar as unidades com mais camas e trabalhar a atual rede e legislação nesta área.
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A mortalidade no AVC e no enfarte caiu "de forma significativa", disse hoje o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo. Em 2013, Portugal teve uma taxa de mortalidade de 152,32 por cem mil, abaixo dos 207,97 da União Europeia. As doenças do aparelho circulatório tiveram uma redução de 15,6% em apenas cinco anos.

"Portugal é o sétimo país europeu com menor mortalidade. No enfarte agudo do miocárdio temos metade da mortalidade da média europeia". Só a Eslovénia, Croácia, Polónia, França e Alemanha têm níveis inferiores.

Já no AVC, apesar da quebra de 24% em cinco anos da taxa de mortalidade, ainda há 18 países com melhores resultados. Os últimos dados disponíveis mostram mesmo que houve menos doentes a chegar às unidades pelo programa das vias verdes. É através dele que os doentes são encaminhados para as unidades mais adequadas ao tratamento e num tempo curto.

"O INEM reduziu o seu impacto no ano passado. Temos que voltar a apostar no transporte pelo INEM", afirmou, esclarecendo que esta "diminuição" se deveu à falta de informação e formação da população e que é preciso dar informação para que os doentes não percam tempo e liguem logo o 112 assim que tenham sintomas.

Quanto à rede atual, admite que tem as unidades necessárias. "Temos as unidades suficientes, temos de as reforçar com outros recursos para que haja uma resposta mais efetiva", dando como exemplo a necessidade de aumentar o número de camas.

O diretor do programa nacional para as doenças cerebro-cardiovasculares, Rui ferreira, disse ao DN que "vai ser publicada legislação que visa regulamentar as normas na área do AVC, +para distinguir o que é de âmbito local, regional e nacional"

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