Morte de rapaz indigna Brasil, polícia militar volta ao Complexo do Alemão

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O Comando de Operações Especiais da Polícia Militar pode voltar a ocupar o Complexo do Alemão, depois de em apenas dois dias terem morrido no local quatro pessoas durante confrontos. A última vítima foi Eduardo Jesus Ferreira, de 10 anos, morto num tiroteio na quinta-feira.

A Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro anunciou ontem que já foi montado um centro de comando das Operações Especiais da Polícia Militar dentro da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, bem como uma espécie de fortificação na base policial mais avançada do Complexo do Alemão. "Cada ação das forças especiais será avaliada até chegar, se necessário, a uma ocupação total", refere um comunicado do organismo estadual.

A tragédia deu-se quando, na quinta-feira, os homens que patrulhavam a zona foram "recebidos a tiro pelos criminosos da comunidade do Areal", uma das favelas do Complexo do Alemão, de acordo com a polícia do Rio de Janeiro. Seguiu-se um tiroteio, no qual Eduardo perdeu a vida.

Mas os pais do rapaz, Terezinha Maria de Jesus e Eduardo Ferreira, rejeitam este relato. "Não houve nenhum tiroteio. O único tiro que ouvimos foi o que matou o meu filho. Saí de casa e vi um polícia das forças de intervenção junto ao Eduardo, que estava caído no chão. Quando me aproximei, ele disse que me matava também", contou a mãe do rapaz ao jornal O Globo, garantindo que o filho não estava envolvido no tráfico de drogas.

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