Morreu um dos cinco leões desnutridos que viviam num parque do Sudão
Morreu nesta segunda-feira (20 de janeiro) um dos cinco leões que são mantidos em gaiolas imundas num zoológico do Sudão e que estão a morrer à fome. A leoa já estava a receber alimentação intravenosa, mas acabou por não resistir. A morte acontece enquanto decorre uma campanha que pretende salvar a vida dos felinos.
Os leões estão há semanas sem comida e medicamentos, após um aumento nos preços dos alimentos no Sudão devido à escassez de moeda estrangeira. Os animais perderam quase dois terços do seu peso corporal. A campanha, intitulada #SudanAnimalRescue, tem como objetivo retirar os animais do parque onde estão a viver em condições degradantes.
Os animais receberam comida no domingo, depois de os funcionários do parque a terem comprado com o seu próprio dinheiro. O parque Al-Qureshi, que é administrado pelo município de Cartum, é parcialmente financiado por doadores privados, mas está em péssimas condições e a agravar o estado de saúde dos leões.
Funcionários e veterinários do parque afirmam que a saúde dos animais se deterioraram nas últimas semanas. No domingo, dezenas de voluntários e jornalistas correram para o parque para ver os leões depois das fotos onde é patente o seu estado de desnutrição se terem tornado virais nas redes sociais.
Além de sofrerem de desidratação e de terem falta de alimentos, as jaulas onde vivem estão sujas com pedaços de carne podre cobertos de moscas.
De acordo com o Daily Mail, não se sabe quantos leões selvagens permanecem no Sudão, mas vários destes grandes felinos vivem no parque de Dinder, na fronteira com a Etiópia.
Os leões africanos estão classificados como espécies "vulneráveis" pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). A população destes felinos caiu 43% entre 1993 e 2014, e atualmente existem apenas 20 mil exemplares da espécie.