Morreu o lendário Bill Russell, o jogador mais titulado da NBA
Um dos nomes maiores da história da NBA, o lendário Bill Russell, pedra angular de uma dinastia dos Boston Celtics, jogador que conquistou 11 títulos (recorde na NBA) e uma voz poderosa pela justiça social, morreu aos 88 anos, disse a família em comunicado publicado nas redes sociais no domingo.
"Bill Russell, o vencedor mais prolífico da história do desporto americano, faleceu pacificamente hoje aos 88 anos, com a sua esposa, Jeannine, ao seu lado", disse o comunicado.
Os 11 títulos de Russell com os Celtics incluíram oito consecutivos entre 1959 e 1966. O prémio de MVP das finais da NBA carrega atualmente o seu nome, em reconhecimento da carreira ímpar do mais titulado jogador da liga.
Russell teve uma média de 15,1 pontos e 22,5 ressaltos por jogo ao longo da carreira, construindo uma famosa rivalidade com Wilt Chamberlain na década de 1960.
Fora do pavilhão, Russell foi um gigante na luta pelos direitos civis, recebendo a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior honra civil dos Estados Unidos, do presidente Barack Obama em 2011.
"Mas, apesar de todas as vitórias, a compreensão de Bill sobre a luta por direitos civis foi o que iluminou sua vida", disse o comunicado de domingo.
"Desde boicotar um jogo de exibição de 1961 para desmascarar a discriminação tolerada por muito tempo, liderar o primeiro campo de basquetebol racialmente misto do Mississippi após o assassinato de Medgar Evans, até décadas de ativismo finalmente reconhecidas pela entrega da Medalha Presidencial da Liberdade.", lembra o comunicado.
"Bill denunciou a injustiça com uma franqueza implacável para questionar o status quo, e com um exemplo poderoso que (...)inspirará para sempre o trabalho em equipa, o altruísmo e a mudança ponderada".
O comissário da NBA, Adam Silver, apelidou Russell de "o maior campeão em todos os desportos coletivos" e elogiou "o imenso impacto de Bill na nossa liga e na sociedade em geral".
"Bill representava algo muito maior do que o desporto: os valores de igualdade, respeito e inclusão que ele imprimiu no DNA da nossa liga", disse Silver, em comunicado, neste domingo.
"No auge de sua carreira atlética, Bill defendeu vigorosamente os direitos civis e a justiça social, um legado que ele passou para gerações de jogadores da NBA que seguiram os seus passos.
Apesar das provocações, ameaças e adversidades impensáveis, Bill superou tudo e permaneceu fiel à sua crença de que todos merecem ser tratados com dignidade".