Morreu Gordon Banks, guarda-redes campeão do mundo pela Inglaterra

Defendeu as redes da seleção inglesa no Mundial de 1966 no jogo frente a Portugal, onde sofreu um golo de Eusébio. Mas ainda hoje é lembrado por uma enorme defesa a um remate de Pelé no Mundial de 1970 no México.
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Gordon Banks, um dos melhores guarda-redes de sempre ingleses que se sagrou campeão do mundo pela Inglaterra no Mundial de 1966, morreu esta terça-feira, aos 81 anos.

Banks, que nasceu em Sheffield, ganhou a Taça da Liga inglesa pelo Stoke City e Leicester, antes de se retirar dos relvados em 1973. "Estamos devastados por ter de anunciar que Gordon Banks morreu em paz durante a madrugada", anunciou a família do guardião.

Gordon Banks começou a carreira no Chesterfield, antes de se transferir para o Leicester, clube onde ganhou protagonismo e chegou à seleção - realizou a sua primeira internacionalização em 1963, contra a Escócia.

Participou em todos os jogos do Mundial de 1996, inclusivamente no jogo da meia-final em que a Inglaterra eliminou Portugal (2-1, golos de Bobby Charlton e Eusébio, de grande penalidade), sagrando-se depois campeão do mundo ao bater na final a Alemanha por 4-2, num jogo disputado em Wembley. Até ao golo de Eusébio, tinha estado 442 minutos na prova sem ter ido buscar a bola ao fundo das redes.

Um dos jogos mais memoráveis de Banks, contudo, aconteceu no Mundial do México, em 1970, quando realizou um exibição de sonho contra o Brasil (os ingleses perderam por 1-0 na fase de grupos), negando um golo a Pelé com uma defesa que ainda hoje é recordada. "Não vão lembrar-se de mim por ter sido campeão do mundo, mas sim pela defesa que fiz ao remate de Pelé", chegou a dizer.

Devido ao nome, era considerado um guarda-redes seguro como os bancos ingleses, por isso ficou para sempre célebre a frase "safe as the banks of England".

Banks realizou 73 jogos pela seleção inglesa e sofreu 57 golos. Esteve 35 jogos sem ir buscar a bola ao fundo das redes e foi apenas derrotado em nove ocasiões. Em 15 anos de carreira, o guardião partiu quatro vezes os dedos das mãos. E também fraturou o pulso da mão direita quando alinhava no Leicester.

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