Morreu ex-comandante rebelde que se tornou dissidente
Gutierrez-Menoyo era crítico da ditadura de Fulgencio Batista, tendo participado em março de 1957 num ataque ao palácio presidencial (no qual morreu um dos seus irmãos), refere a agência de notícias.
Mais tarde, formou e comandou a Segunda Frente de Escambray, um grupo rebelde que atuava ao lado (mas era independente) dos "barbudos" de Fidel Castro. O grupo seria incorporado no Exército Revolucionário, após a vitória da revolução cubana, em 1959, mas os seus responsáveis não receberam cargos de comando.
Em 1961, exilou-se em Miami, tendo-se juntado a um grupo que pretendia derrubar Fidel pela força. Regressou a Cuba em dezembro de 1964 com esse objetivo, mas seria capturado junto com o seu grupo um mês depois.
Passou 22 anos nas prisões cubanas, sendo libertado em 1986 a pedido do Governo espanhol. Novamente no exílio, funda a Cambio Cubano, com o objetivo de iniciar um diálogo pacífico com Fidel. Chegou a encontrar-se com o líder cubano em 1995.
Regressou a Cuba em agosto de 2003, optando por ficar na ilha depois de uma visita à família. Apesar de manter as críticas ao Governo, foi autorizado a ficar.