Morreu a última pessoa que ainda recebia uma pensão da guerra civil americana

Irene Triplett tinha 90 anos. Herdou a pensão do pai, que combateu pelos dois lados na guerra civil de 1861 a 1865, e teve a filha com 83 anos.
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Era a última pensão atribuída pelo Estado americano devido à guerra civil nos Estados Unidos, que opôs entre 1861 e 1865 os estados federados do sul e a União (norte). Irene Triplet, de 90 anos, morreu no último domingo, num lar de idosos, em Wilkesboro, na Carolina do Norte. Tinha herdado a pensão do pai, Mose Triplett, que combateu pelos dois lados, e viria a pedir a pensão 20 anos depois do fim da guerra que ditou a derrota dos confederados e a abolição da escravatura.

Mose Triplett tinha 83 anos quando a filha nasceu, em 1930, depois de se ter casado em segundas núpcias com uma mulher 50 anos mais nova. Morreu em 1938, aos 92 anos.

De acordo com a imprensa norte-americana, Mose Triplett começou por combater pelo lado dos Confederados, logo em 1862, quando tinha apenas 16 anos. Mas um ano depois desertou e passou para o lado da União, o que terá acontecido pouco tempo antes da decisiva batalha de Gettysburg, a mais sangrenta da Guerra da Secessão e que deu um decisivo impulso ao lado da União - mas na qual o soldado Triplett não terá participado. Mas foi essa decisão que, 20 anos mais tarde, permitiu a Mose Triplett aceder à pensão atribuída pelo estado americano aos veteranos da guerra. Muitos anos depois a filha tornou-se beneficiária da pensão por sofrer de problemas mentais e não dispor de outros rendimentos.

Irene Triplett, que segundo lar onde vivia morreu de complicações após uma operação a que foi submetida por ter sofrido uma queda, recebia 73 dólares mensais (cerca de 64 euros) do Departamento de Veteranos.

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