Morreram mais americanos em tiroteios que nas guerras

Estudo fez as contas de 1963 em diante
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O Virginia Center for Public Safety, organismo que se dedica à luta contra as armas naquele Estado norte-americano, fez as contas e concluiu que, desde 1963, morreram mais americanos em tiroteios nos Estados Unidos que em todas as guerras.

Esta alegação foi estampada em panfletos distribuídos em Richmond, no dia 18, e entretanto os números foram esmiuçados. O PolitiFact, um projeto do Tampa Bay Times e parceiros que visa confirmar a veracidade das declarações e factos políticos, foi buscar estatísticas oficiais e admite que de facto as armas sejam mais mortais nos EUA que nos conflitos no exterior.

Segundo o Congressional Research Service, desde a guerra da independência até às intervenções militares contra o Estado Islâmico, morreram 1,2 milhões de norte-americanos. Para estes números, são contabilizados cerca de 530 mil vítimas na guerra civil, o conflito mais mortal do país, mas um estudo recente, diz o Politifact, alega que os mortos foram à volta de 750 mil. Assim, seriam mais de 1,2 milhões de mortos em guerras.

Já no que respeita a vítimas em tiroteios em território norte-americano, o Federal Centers for Disease Control and Prevention estima que de 1968 a 2014 tenham morrido mais de 1,5 milhões de americanos. Por isso, conclui o PolitiFact, desde 1963 os mortos devem estar perto de 1,6 milhões.

Os dados incluem todos aqueles que morreram em incidentes com armas de fogo, pelo que inclui suicídios (serão cerca de 63%), homicídios (cerca de 33%), acidentes, ações policiais.

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