Montepio: Oposição de Tomás Correia contesta proposta de mudança de estatutos

Associados do Montepio votam esta segunda-feira em assembleia geral a proposta de alteração aos estatutos apresentada pela administração.
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A alteração dos estatutos da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) pode ir parar às mãos do regulador, a ASF-Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. A aprovação da alteração dos estatutos está agendada para ser deliberada esta noite em assembleia geral extraordinária, numa altura em que António Tomás Correia, líder da Mutualista, está de saída do cargo.

Os associados rivais de Tomás Correia queixam-se do timing e forma em que ocorre a mudança de estatutos e ameaçam levar o assunto até ao supervisor. "O que foi proposto por esta administração favorece, nas eleições, as listas que estão no poder. Não há processo de escrutínio da gestão", por parte dos associados", disse António Godinho, que foi o segundo candidato mais votado nas eleições para a liderança da Associação, em dezembro de 2018.

Na reunião agendada para as 21:00 desta segunda-feira, a Mutualista vai levar aos associados uma proposta para alterar parcialmente os estatutos da Associação "para adaptação ao novo código das associações mutualistas". No ponto dois da ordem de trabalhos, está a nomeação de uma comissão especial para "a elaboração de um regulamento eleitoral dedicado à regulamentação do processo eleitoral dos órgãos e cargos associativos".

Os opositores de Tomás Correia reuniram-se na semana passada e produziram "um conjunto de alterações aos estatutos", segundo Godinho. "Mas se for impossível o diálogo, tentaremos resolver o assunto junto da tutela", afirmou. Godinho decidiu não participar nesta assembleia geral extraordinária, bem como noutras, em protesto para "não ser conivente com esta administração". Hoje, falando antes da reunião, Godinho adiantou que não tinha "grandes esperanças que houvesse mudanças" na proposta de alteração dos estatutos que ia ser votada. Para Godinho, esta assembleia geral "de mutualismo, não tem nada e de democrático, muito menos".

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