Montenegro garante que não haverá mais cortes de rendimentos

Líder parlamentar dos sociais-democratas garante que "vêm aí medidas para tornar o Estado mais eficiente, para pôr o Estado a gastar menos, de preferência de forma estrutural e permanente".
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Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, assegurou esta terça-feira que o Governo não tem qualquer intenção de cortar mais salários e pensões para cumprir os objetivos do défice (2,5% do PIB) para 2015 e acusou o PS de "assustar a sociedade", perspetivando, por outro lado, uma redução da despesa pública, bem como um aumento da receital fiscal, tal como o primeiro-ministro adiantara na véspera.

O dirigente 'laranja' falava nas jornadas parlamentares, que decorreram durante dois dias em Viseu, e deixou um repto a António José Seguro: "Vamos jogar limpo no debate político. Não é verdade que venham aí mais cortes nos rendimentos dos portugueses."

Num discurso bastante duro, sublinhou que os socialistas têm "uma postura que consubstancia uma divergência insanável com a realidade", frisando que é preciso que o maior partido da oposição "resolva as suas contradições" e "se encontre consigo próprio". E referiu que no Largo do Rato "não se quer austeridade nenhuma", visto que a direção de Seguro recusou, até agora, "todas as medidas de consolidação orçamental" avançadas pelo Executivo.

Os ataque ao PS foram, de resto, reiterados na sessão de encerramento das jornadas pelo porta-voz e vice-presidente do PSD, Marco António Costa: "Que proposta concreta temos do PS sobre qualquer área da governação? Zero! Ser oposição também implica correr riscos e apresentar propostas. Diria mais: O PS não promete nada, mas também não se compromete com nada, nem com ninguém. Ao invés, refugia-se em silêncios ambíguos, o que que não favorece o maior partido da oposição."

E Marco António Costa foi mais longe, exigindo aos socialistas que esclareçam por que razão "à segunda, quarta e sexta-feira são a favor do pacto orçamental" e "à terça, quinta e sábado não concordem com nenhum dos caminhos para atingirem as metas" estabelecidas no documento.

Sobre as infraestruturas prioritárias - a serem financiadas com o apoio de fundos estruturais europeus - o coordenador político dos sociais-democratas pediu aos partidos que não tratem o tema "com populismo e demagogia" e frisou mesmo que o "Portugal 2020", quadro de programação comunitário para os próximos anos, servirá para "apoiar o movimento de afirmação e ascensão de Portugal".

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