Monica Bellucci foi a convidada de honra da gala de abertura do LEFFEST no Casino Estoril, neste ano mais aperaltada do que nunca, com os atores mais conhecidos do meio audiovisual português. Uma gala em que estavam presentes também Jean-Pierre Léaud, ator lendário da nouvelle vague e figura convidada para a retrospetiva de Godard, Jerzy Skolimowski, cineasta polaco em retrospetiva ou o famoso ator francês Stanislas Merhar, todos eles ofuscados por Monica..Sentada na mesa central, onde também estavam elementos do júri, a atriz italiana entrou com alguma pompa no casino, tendo provocado um enorme estardalhaço nos repórteres presentes. Sempre calma e tranquila, seguiu serena nos seus saltos altos depois de cumprir o protocolo de entrevistas flash para as televisões que fizeram alguns diretos. Houve mesmo alguma agitação e até quase que duas repórteres estiveram em vias de facto..Incólume a tudo isso, foi levada ao Salão Preto e Prata pelo diretor do festival, Paulo Branco. Mais tarde, subiu ao palco e foi a madrinha do prémio dado ao cineasta em foco, o espanhol Agustín Díaz Yanes, que no seu discurso mostrou-se encantado por estar em palco ao lado da diva. Além de se perceber que durante o jantar e toda a gala todos os olhares iam dar a Monica, houve no fim quem quisesse ir conhecê-la de perto..O ator João Baptista, além da selfie, confessou que a adora. Ela sempre a sorrir e com aquela classe imaculada. Talvez noutro país, noutro festival, estivesse rodeada de seguranças e de um outro aparato. No Estoril deu a ideia de ser muito independente. Sinceramente, nem se notou se tinha ou não uma entourage..No dia seguinte, sem grandes atrasos, chegou belíssima ao encontro com a imprensa no Monumental, onde já havia uma certa agitação de público para a sessão em sua honra, Malena, de Giuseppe Tornatore (filme escolhido por si)..As perguntas da imprensa foram muito em torno da sua suposta vida lisboeta e a atriz sublinhou que não vive em Portugal, apesar de estar encantada com a cidade, sobretudo cada vez que se instala na sua casa do Castelo, comprada por sugestão de um amigo seu que também vive na capital. "A minha casa onde é? A minha casa sou eu. Enfim, pode ser em Lisboa, Nova Iorque, Paris, Roma...", disse pelo meio. Disse também que se espanta com o lado respeitador dos lisboetas: "Vão pensar que estou a brincar, mas raramente as pessoas têm coragem para me abordar para tirar fotos. No outro dia, fui a um restaurante e ninguém me pediu um autógrafo ou uma fotografia. Fiquei espantada! E eu até deixo tirar selfies com gosto e dou autógrafos. As pessoas apenas iam muito timidamente cumprimentar-me e diziam que gostavam de mim. É incrível! Nos outros sítios não é assim.".Monica tem a sua vida de Paris e as filhas a estudar na capital francesa, por isso não vai voltar ao festival quando no próximo sábado, às 21.45, no Monumental, for exibido o belo On the Milky Road, de Emir Kusturica, filme do qual sente um enorme orgulho..Monica vai voar, falar sérvio e fazer amor neste LEFFEST. A mais sensual das atrizes italianas parece que está a gostar de ser alfacinha... às vezes.