Monica Lewinsky quer acabar com cyberbullying

No mesmo dia em que aderiu ao Twitter, a antiga estagiária da Casa Branca que se envolveu com o então presidente Bill Clinton participou numa conferência, em que lembrou o que sofreu.
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"Não havia Facebook, Twitter ou Instagram", lembrou hoje, em Filadélfia, numa conferência organizada pela revista Forbes. Mas já havia boatos, rumores e internet. Quando Monica Lewinsky se envolveu com o presidente Bill Clinton, em 1995, a sua história tornou-se viral.

"Fui a paciente zero", disse hoje. "Fui a primeira pessoa a ter a reputação completamente destruída através da Internet", acrescentou perante uma plateia de cerca de mil pessoas, naquele que foi o primeiro evento público em que participou após o escândalo.

Agora o seu objetivo é claro: acabar com o cyberbullying e com o que chamou de "cultura tóxica de humilhar através da Internet".

Recordando a sua experiência, Monica Lewinsky contou que passava dias a olhar para o monitor do computador, a ler aquilo que se publicava a seu respeito, a reparar no que tinha sido retirado do contacto. "E estes eram os únicos pensamentos que interrompiam uma ideia constante na minha cabeça: quero morrer".

"Tendo sobrevivido, o que quero fazer agora é ajudar outras vítimas do jogo da vergonha a sobreviver. Quero dar uma bom uso ao meu sofrimento e pôr o meu passado para trás", acrescentou, horas depois de ter aberto uma conta no Twitter, onde se confessava "ansiosa e nervosa" por ir falar nesta conferência.

Em maio, Monica Lewinsky escreveu um artigo na revista "Vanity Fair" onde já abordara este assunto e onde lamentava o que acontecera entre ela e Bill Clinton.

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