Monarquias do Golfo condenam filme e ataques anti-americanos

As monarquias árabes do Golfo condenaram hoje o filme considerado ofensivo para o Islão e os ataques anti-americanos que se seguiram no mundo muçulmano, com o Bahreïn a anunciar que bloqueou o acesso ao vídeo na Internet.
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"Esse filme (A Inocência dos Muçulmanos) é inaceitável e injustificável e representa um dano para os muçulmanos, assim como para os não muçulmanos que rejeitam os insultos às religiões e aos profetas", afirmou o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdellatif Al-Zayani, em comunicado.

Condenou, igualmente, "os atos de violência contra as embaixadas americanas em certos países", principalmente aquele que causou a morte do embaixador norte-americano na Líbia, considerando que a "cólera" dos muçulmanos "face a este filme não é uma desculpa para tais ataques".

O CCG agrupa a Arábia Saudita, o Qatar, o Koweït, os Emirados Árabes Unidos, o Bahreïn e o Sultanato de Omã.

Em Manama, o ministro do Interior baremita, o xeque Rached ben Abdallah Al Khalifa, deu ordem para "bloquear e apreender todos os 'sites' que permitem ter acesso ao filme".

O governante exortou os baremitas a "não contribuirem para propagar o filme nas redes sociais".

Quatro norte-americanos, entre os quais o embaixador na Líbia, foram mortos na terça-feira à noite num ataque contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no leste do país, por homens armados em protesto contra um filme considerado ofensivo para o Islão.

Têm ocorrido manifestações no mundo árabe e na Ásia para denunciar o polémico filme produzido nos Estados Unidos.

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