MNEs da UE discutem crise na Síria em Vilnius
No primeiro de dois dias deste encontro informal, os ministros europeus terão um almoço de trabalho para preparar o Conselho Europeu sobre Segurança e Defesa, em dezembro, seguindo-se uma sessão para abordar a Parceria para o Leste Europeu e a política de vizinhança com o Norte de África e o Médio Oriente.
Deste encontro dos chefes da diplomacia europeia, que é presidido pela Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Catherine Ashton, não deverão sair decisões (tem caráter informal), mas é esperada uma posição comum sobre a questão síria.
Até agora, a França foi o único Estado-membro da UE a defender abertamente uma ação armada contra o regime de Damasco, após terem sido revelados os ataques com armas químicas, tendo a maioria dos países assumido posições mais cautelosas e a Alemanha rejeitado liminarmente a possibilidade de participar numa intervenção militar.
Do lado dos principais responsáveis europeus (incluindo Catherine Ashton e o presidente do Conselho Europeu, Van Rompuy) a posição mais ouvida é a de que é necessário esperar pelos resultados da missão de peritos da ONU para tomar qualquer decisão sobre a Síria.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, que também estará presente no encontro informal de Vilnius, afirmou que uma intervenção militar na Síria deverá "na medida do possível" decorrer com mandato das Nações Unidas.
O debate sobre a resposta ao regime sírio deverá voltar a estar em cima da mesa no sábado, quando os ministros europeus se reunirem com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.