Missão impossível: este salvamento na Antártida tinha tudo para falhar
Um avião aterrou no Polo Sul para uma missão de salvamento que parecia quase impossível. A aeronave, modelo Twin Otter, viajou em pleno inverno para a base científica britânica de Rothera, na Antártida, para resgatar um trabalhador que corria risco de vida.
O avião viajou mais de 2400 quilómetros com temperaturas a rondar os 60 graus negativos e visibilidade praticamente nula. O Twin Otter é o único avião no mundo que conseguiria fazer uma viagem a temperaturas tão baixas e nestas condições.
Quando chegaram à base britânica, os três membros da tripulação e a equipa médica descansaram 10 horas e fizeram a viagem de regresso à estação norte-americana Amundsen-Scott, no Polo Sul, com o doente, que precisava de cuidados que não lhe podiam ser prestados base britânica. Segundo o The Guardian, o indivíduo será depois transportado para a América do Sul. Não foram revelados pormenores sobre o seu estado de saúde.
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O Twin Otter é operado pela linha aérea canadiana Kenn Borek e partiu do Canadá para realizar esta missão de salvamento no dia 14 de junho.
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É apenas a terceira vez que alguém que trabalha na estação de Rothera é dali retirado em pelo inverno no hemisfério sul. Os 48 cientistas e trabalhadores da base estão completamente isolados entre os meses de fevereiro e outubro, pois o frio e a pouca luz tornam as viagens normais praticamente impossíveis.
Além disso, "a Antártida é uma massa terrestre do tamanho dos Estados Unidos e México combinado, por isso a distância é uma grande problema", relembrou Peter West, porta-voz da Fundação Nacional de Ciência norte-americana. "E está muito frio", acrescentou.