Missão de observação pode ser suspensa amanhã

A missão de observação da Liga Árabe na Síria será suspensa amanhã se as autoridades de Damasco recusarem prolongá-la por mais um mês, disse à France Presse o 'número dois' da organização, Ahmad Ben Helli.
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A missão, que acabava oficialmente a 19 de janeiro, foi prolongada até 24 de janeiro "como foi acordado verbalmente com Damasco", explicou.

"Se o governo sírio não der o seu acordo para prolongar a missão, os observadores suspendem o seu trabalho e ficam nos locais onde estão instalados" até obterem uma resposta da Síria, acrescentou Ben Helli.

"Se a Síria der o seu acordo, os observadores vão continuar o trabalho", apesar da decisão das monarquias do Golfo de retirarem os seus observadores, disse o responsável árabe sublinhando que os 55 elementos dos países em causa podem ser substituídos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio, Walid Mouallem, rejeitou hoje em bloco o plano anunciado no domingo pela Liga Árabe que prevê uma saída do poder do presidente Bashar al-Assad. Damasco considerou que a iniciativa constitui uma "ofensa" à soberania da Síria.

"Acabaram-se as soluções árabes", disse Walid Mouallem numa conferência de imprensa em Damasco.

"A solução (para a crise) deve ser síria (...) e levar à aplicação do programa de reformas anunciado pelo presidente Bashar al-Assad e à abertura de um diálogo nacional", acrescentou.

A Liga Árabe informou hoje que pediu uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que aceite apoiar o plano para solucionar a crise na Síria.

A repressão tem continuado na Síria apesar da presença desde 26 de dezembro de dezenas de observadores árabes para verificarem a aplicação de um plano de saída da crise que previa em primeiro lugar o fim da violência.

Segundo a ONU, mais de 5.400 pessoas foram mortas desde o início da revolta contra o regime de Assad, em março passado.

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