Misericórdias querem recuperar hospitais nacionalizados
Em declarações à Lusa, Manuel Lemos afirmou: "Estamos a negociar a devolução dos hospitais que foram nacionalizados depois de abril de 1974, mas só aceitaremos receber esses equipamentos novamente se isso se traduzir em segurança para as populações e ficar acautelada a sustentabilidade das Misericórdias".
Fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro confirmou à Lusa que o 'timing' proposto para conclusão do processo de devolução dos hospitais nacionalizados "é o final deste mês".
No que se refere especificamente aos hospitais de Anadia, Ovar e Cantanhede, a mesma fonte admite que o processo ainda está em aberto, mas assegura que "a administração da ARS tem mantido contacto permanente com os conselhos de administração dos hospitais em causa".
Nas suas declarações, Manuel Lemos sublinhou que, "em circunstância alguma estará a União das Misericórdias disponível para colocar em risco a qualidade do serviço prestado às populações".
"Dizemos 'sim' à devolução e 'sim' a colaborar com o Estado em defesa das pessoas e dos seus interesses, porque, afinal, é essa a missão das Misericórdias", realça Manuel Lemos. "Mas não aceitaremos, de forma alguma, qualquer proposta que ponha em risco o futuro das Misericórdias e que, dessa forma, também ameace o apoio prestado às pessoas".
Manuel Lemos não precisou quantos são os hospitais a restituir às Misericórdias.
"São muitos e vamos ver se há condições para que possam ser devolvidos todos", declarou.