Ministro israelita quer divulgação de plano de paz com palestinianos antes das eleições
Naftali Bennett, rival do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que falava numa conferência em Telavive, disse que os israelitas têm o direito de conhecer o plano, designado pelo Presidente Donald Trump de "acordo do século", antes das eleições antecipadas, considerando que "os amigos não guardam segredos" uns dos outros.
Vários países foram informados do plano norte-americano para um acordo de paz entre Israel e os palestinianos durante uma conferência em Varsóvia em meados deste mês coorganizada pelos Estados Unidos.
Entretanto, Jared Kushner, genro de Trump e um dos autores do plano, e Jason Greenblatt, enviado dos Estados Unidos para o Médio Oriente, realizam uma digressão por vários países da região para discutir nomeadamente o conflito israelo-palestiniano.
Bennett acusou Netanyahu de conspirar com Kushner para criar um Estado palestiniano.
"Deixe o meu povo saber", declarou o líder da Nova Direita dirigindo-se a Trump.
Em declarações à televisão Sky News Arabia transmitidas na segunda-feira, Kushner disse que os Estados Unidos tentam encontrar uma "solução realista" e "justa" para o problema israelo-palestiniano.
Adiantou que o plano foi criado com base nos princípios da liberdade, respeito, oportunidade e segurança.
Jared Kushner já tinha referido que o seu plano contempla todos os assuntos do "estatuto final" e exige compromissos de todos os lados. A criação de um Estado palestiniano não foi mencionada.
Os palestinianos recusam falar com a administração norte-americana desde que Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel em dezembro de 2017. Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel, é reivindicada pelos palestinianos como capital de um futuro Estado.