"Estas ações constituem uma afronta ao Estado moçambicano, desrespeitando o poder legalmente instituído", disse Atanásio Mtumuke, citado hoje pela imprensa local..Atanásio Mtumuke falava durante a reunião anual, na província de Maputo, dos adidos de defesa acreditados em Moçambique..De acordo com o governante, os grupos "usam o nome da religião muçulmana" para introduzir uma "nova ideologia nas mesquitas locais".."São grupos de indivíduos malfeitores, que nas suas incursões usam armas brancas e de fogo", explicou o governante. .Apesar destes incidentes, acrescentou Atanásio Mtumuke, as Forças de Defesa e Segurança têm a situação controlada.."Apesar dos constrangimentos, a situação de ordem e segurança é bastante positiva e estável", concluiu o governante. .Povoações remotas da província de Cabo Delgado, situada entre 1.500 a 2.000 quilómetros a norte de Maputo, têm sido saqueadas com violência por desconhecidos desde outubro de 2017, provocando um número indeterminado de mortos e deslocados..Os grupos que têm atacado as aldeias nunca fizeram nenhuma reivindicação nem deram a conhecer as suas intenções, mas investigadores sugerem que a violência está ligada a redes de tráfico de heroína, marfim, rubis e madeira. .Os ataques acontecem numa altura em que avançam os investimentos de companhias petrolíferas em gás natural na região, mas sem que até agora tenham entrado no perímetro reservado aos empreendimentos.