Ministra nega ter denunciado sabotagem no Citius

Paula Teixeira da Cruz diz que não usou a expressão sabotagem informática quando entregou relatório à PGR.
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A ministra da Justiça sublinhou que enviou apenas um relatório sobre a plataforma informática Citius para a PGR para que fosse "ponderada" a possibilidade de instauração de um inquérito.

"O relatório que foi entregue ao Governo, isto é, que me foi entregue a mim e ao secretário de Estado [que tutela o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça], continha um conjunto de factos. Perante esse conjunto de factos, decidi enviar, e é isso que consta do meu despacho, para a Procuradoria-Geral da República o referido relatório, com o objetivo de que fosse ponderado - eu sublinho, ponderado - a possibilidade de se instaurar um inquérito", afirmou a ministra.

Paula Teixeira da Cruz falava à saída do debate sobre o Orçamento do Estado para 2015, na Assembleia da República, em Lisboa.

Questionada sobre os crimes que podem estar em causa, a ministra da Justiça respondeu: "Eu sou a primeira pessoa a ter que respeitar o segredo de justiça. Portanto, não sei, nem ninguém sabe. Logo, tudo quanto tem vindo a público sobre esta matéria, com toda a franqueza, não me parece que deva ser considerado".

Confrontada com a possibilidade de estar em causa o crime de sabotagem informática, a ministra disse que nunca usou essa expressão.

Na sexta-feira passada, nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e do CDS-PP, a ministra da Justiça disse já ter o relatório sobre "o que terá sucedido durante o tempo em que a plataforma do Citius apresentou deficiências profundíssimas", que "será reencaminhado para as instâncias próprias".

"Houve sempre um acompanhamento, aquilo que aconteceu a 01 de setembro não era de todo previsível, não só era previsível como não era expectável, como tinham sido feitos testes", afirmou.

Ao DN, fonte oficial do gabinete de Joana Marques Vidal garante que recebeu esse relatório, na passada sexta-feira, entregue pela Ministra da Justiça. E que foi "instaurado um inquérito com a finalidade de investigação, nos termos da lei, da matéria aí referida.A Procuradoria-Geral da República não divulga nem comenta o teor das participações recebidas. O inquérito encontra-se em investigação". concluiu a mesma fonte.

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