Paula Teixeira da Cruz, que tinha avançado na terça-feira que havia 27 tribunais a encerrar, "no último documento de trabalho", referiu que o processo vai continuar a ser avaliado, mas não indicou quando é que se decidirá o número final..A governante, que falou aos jornalistas após o encerramento da Conferência Internacional sobre Tráfico de Pessoas, no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa, sustentou que "não se está propriamente a falar de fecho de tribunais", mas sim de "uma racionalização e de uma melhor Justiça".."Toda a gente fala de tribunais que fecham e ninguém fala em triubunais que são levados para o interior, com especializações. E são levados pela primeira vez para todos os distritos especializados", afirmou..Numa matéria que suscitou a contestação de agentes judiciários, autarcas e populações em alguns pontos do país, a ministra da Justiça justificou que "levar tribunais de especialidade ao interior" leva a que "as pessoas não tenham de vir a Lisboa, Coimbra ou Porto"..Paula Teixeira da Cruz sustentou que há rácios "população-utilização de tribunais" com valores "de 0,01 por cento ou 0,002", frisando que "não há sequer um por cento das pessoas que utilizem os tribunais"..A última proposta do Ministério da Justiça sobre o Regime de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais mantém a extinção de tribunais, com algumas alterações dos concelhos visados, e a substituição por mais secções de proximidade..Inicialmente, o documento apontava para a extinção de 47 tribunais, menos dois do que a proposta conhecida há um ano, um número que contempla os que encerram definitivamente e aqueles que serão substituídos por secções de proximidade.