Ministério diz que greve dos médicos viola acordo
A decisão de greve, marcada para os dias 8 e 9 de julho, foi tomada depois da reunião que se realizou na sexta-feira e que durou mais de quatro horas entre os dois sindicatos médicos, Ordem e ministério. Em discussão esteve o atrasos da aplicação do acordo assinado há dois anos e despachos recentes do ministério como o código de ética e a reorganização da rede hospitalar que estabelece quais as especialidades que cada hospital pode ter.
Em comunicado, o ministério "reafirma a sua total disponibilidade para negociar com todas as organizações médicas, como sempre aconteceu. Aliás, durante a reunião ocorrida ontem, 6 de junho, ficou claro que vários dos pontos constantes da agenda apresentada pelos sindicatos são passíveis de negociação, entendimento e compromisso".
E dizem não vislumbrar "razões que justifiquem a declaração de greve ou de outras iniciativas de contestação ou paralisação de serviços, tanto mais que sempre tem manifestado disponibilidade para o diálogo e para encontrar soluções". Contudo, adiantam que não deixarão de "continuar a tomar as medidas imprescindíveis para a sustentabilidade de um sistema de saúde de qualidade".
Durante a reunião de ontem, foi acordado que as quatro entidades se voltarão a reunir para continuar as negociações. Antes disso, já nesta segunda-feira, o ministério deverá enviar aos sindicatos a ata da reunião de sexta com todos os compromissos assumidos. O Sindicato Independente dos Médicos decidiu ficar de fora da greve.