Ministério da Saúde suspende negociações com enfermeiros por causa da greve

ministério diz-se surpreso com a paralisação e anuncia fim das reuniões com os sindicatos dos enfermeiros. Adesão no primeiro dia de greve ronda os 80%
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O Ministério da Saúde anunciou hoje que suspendeu as negociações com os enfermeiros por causa da greve que está a decorrer, considerando que houve um "rompimento das negociações por parte da comissão negociadora dos sindicatos dos enfermeiros".

Em comunicado, o ministério afirma estar surpreendido com a marcação de três dias de paralisação, entre hoje e quinta-feira, já que apresentaram propostas concretas sobre as matérias em negociação. Entre elas a harmonização salarial dos enfermeiros com contrato individual de trabalho (CIT) e respetiva tabela de ordenados, a entrar em vigor ainda este ano caso chegassem a acordo. "A proposta de harmonização salarial apresentada pelo Ministério da Saúde beneficiaria cerca de 10 000 enfermeiros com CIT. Entre meados de 2014 e até julho de 2015 foram contratados 2341 enfermeiros", salientou o Ministério da Saúde, que acrescentou que "em alguns casos a atualização salarial dos CIT podia chegar aos 300 euros".

As negociações duram há vários meses e as duas próximas rondas estavam marcadas para 8 e 11 de setembro.

O primeiro dia de greve abrange as instituições da região de Lisboa e Vale do Tejo. A adesão ronda os 80%, adiantou esta manhã José Carlos Martins, coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses no balanço feito esta manhã à porta do hospital S. José. De acordo com o mesmo, a adesão no turno da noite em Lisboa, Santarém e Setúbal foi de 77,3% e de 77,2% no turno da manhã. Ao nível das unidades de saúde, e em Lisboa, o Hospital Pulido Valente regista uma adesão de 41%, o de São José 94% e o de Santa Marta de 63,6%. No Hospital das Caldas da Rainha a adesão é de 83,8% e de 83,5% no Outão.

Além dos três dias já conhecidos, o sindicato irá marcar mais dois dias de greve ainda este mês. Um para a região Norte e outra para Centro.

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