Mini-vaivém X-37B da Boeing esteve 674 dias em órbita numa missão secreta
Era já noite cerrada na Califórnia quando um clone mais pequeno dos antigos vaivéns da NASA, que há três anos estão parados em museus, aterrou discretamente, a 17 de outubro, na Base Vandenberg da força aérea americana - conhecida pelos seus trabalhadores como o sítio pacato dos lançamentos espaciais da América.
É um nome certeiro: a chegada do veículo não tripulado X-37B, depois de 674 dias consecutivos na órbita da Terra, foi um acontecimento recatado, que a base anunciou num press release com data desse mesmo dia.
Numa altura em que os voos de ida e volta para órbita deixaram de ser uma rotina dos vaivéns da NASA, depois de o programa ter sido cancelado em 2011, e quando o futuro das viagens espaciais tripuladas continua em debate nos Estados Unidos, sobretudo porque o país continua a depender das naves Soyuz da Rússia para levar os seus astronautas para estação espacial ISS, ao preço de 70 milhões de dólares por cada lugar, a discreta aterragem não podia deixar de ter repercussões nos media.