Sobe para oito o número de mortos devido a derrocada de rochedo em Minas Gerais

Quatro embarcações turísticas foram atingidas, tendo ainda causado 29 feridos. Há duas pessoas desaparecidas.
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A derrocada de um rochedo no rio Grande, em Capitólio, Minas Gerais, no Brasil, atingiu quatro embarcações, pelo menos 34 de pessoas a bordo, este sábado.

Segundo a última atualização dos bombeiros locais, citados pela imprensa brasileira, há oito mortos confirmados, 29 feridos e ainda dois desaparecidos. Estão neste momento duas pessoas internadas devido aos ferimentos.

O momento da derrocada foi captado por telemóveis de alguns turistas nas embarcações e as imagens correm mundo nas redes sociais.

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Segundo as imagens disponibilizadas no Twitter, nos momentos que antecederam a derrocada, a rocha estava a dar sinais de que a qualquer momento poderia ceder. Os ocupantes das embarcações estavam a ser chamados para se retirarem do local.

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Ainda segundo a imprensa brasileira, este domingo estão no local 50 operacionais entre bombeiros e militares da marinha, 11 mergulhadores, quatro lanchas e três motos de água.

De acordo com o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos bombeiros de Minas Gerais, estavam cerca de 70 pessoas em turismo no local, o lago de Furnas, um local caracterizado pelos desfiladeiros.

Segundo a CNN Brasil, o desabamento terá sido precedido de uma rápida subida do nível do rio, um fenómeno conhecido como cabeça de água. Já a Folha de São Paulo destacou o fenómeno natural da erosão provocada pela água e vento.

A Marinha anunciou que iria abrir um inquérito para apurar as causas que levaram a rocha a ruir.

Ouvido pela CNN Brasil, o gestor de riscos e de segurança Gerardo Portela apontou para os erros humanos que contribuíram para o sucedido: embarcações sobrelotadas, com a proa virada para o local em risco e com os ocupantes a não darem ouvidos às chamadas de atenção das outras lanchas nem aos sinais de que a rocha estaria em risco iminente de colapso.

O estado de Minas Gerais tem sido atingido nas últimas semanas por fortes chuvas. A mais de 300 quilómetros de distância da lagoa de Furnas, uma barragem de uma mina no município de Nova Lima, não longe de Belo Horizonte, transbordou, levando ao encerramento de uma estrada. Há notícia de um ferido.

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Há dois anos, o colapso de uma barragem noutra mina, Brumadinho, foi responsável pela morte de 270 pessoas, seis das quais nunca foram encontradas.

Em dezembro o estado da Bahia foi atingido por precipitação intensa. Morreram 24 pessoas, 90 mil foram desalojadas e meio milhão foi afetado pelas inundações.

Notícia atualizada às 13.47 horas.

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