Militares americanos ficam no Afeganistão após 2014
O conselheiro dE segurança nacional Hanif Atmar e o embaixador dos EUA James Cunningham assinaram um acordo de segurança bilateral, numa cerimónia transmitida pela televisão, um dia depois de Ghani ter tomado posse.
"Como país independente... assinámos este acordo para a estabilidade , boa-vontade e prosperidade do nosso povo, para a estabilidade da região e do mundo", afirmou Ghani num discurso após a assinatura citado pela Reuters.
O antecessor de Ghani na presidência, Hamid Karzai, recusava assinar o acordo, tendo deixado deteriorar nos últimos meses as suas relações com os EUA, os mesmos que em 2001 o colocaram no poder após o derrube dos talibãs.
Segundo este acordo, 12 mil militares estrangeiros deverão ficar no Afeganistão no final do ano, quando chega ao fim a missão de combate da NATO, liderada pelos EUA. O objetivo é treinarem e darem assistência às forças de segurança afegãs que, neste momento, já contam com 350 mil homens.
Os talibãs, nas últimas semanas, aproveitaram a passagem de poder em Cabul para lançar vários ataques mortíferos, tentando recuperar terreno sobretudo nas províncias de Helmand, no Sul, e Kunduz, no Norte.
Os rebeldes talibãs já denunciaram o acordo ontem assinado como uma tentativa dos EUA para manterem o controlo do Afeganistão.