Milionário que confessou homicídios em programa de TV condenado a sete anos

Robert Durst foi condenado a sete anos e um mês de prisão por posse ilegal de armas, e permanece acusado de homicídio
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Um tribunal norte-americano condenou na quarta-feira a sete anos e um mês de prisão o excêntrico milionário Robert Durst, que se tinha declarado culpado de posse ilegal de armas.

O juiz confirmou o acordo alcançado há algumas semanas entre Durst e o Ministério Público e aprovou a transferência do milionário para uma prisão de Los Angeles, estado onde enfrenta uma acusação de homicídio da escritora Susan Berman.

Durst foi detido há um ano no âmbito do processo de posse ilegal de armas e disse hoje que aguarda a transferência para Los Angeles para se declarar "não culpado" do homicídio de Susan Berman.

O milionário, herdeiro de uma família de Nova Iorque que enriqueceu com negócios no imobiliário, está sob a mira da justiça há mais de três décadas, que o considera suspeito de crimes por resolver.

A estação HBO fez um documentário sobre a sua história em que incluiu declarações do próprio Robert Durst em que reconhecia diversos crimes. Na gravação, pode ouvir-se a voz do milionário a dizer: "Pronto. Foste apanhado". Ouve-se um som de vómito antes da confissão: "O que é que eu fiz? Matei-os a todos".

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A esposa do milionário, Kathleen McCormack, desapareceu sem deixar rasto em 1982 depois de manifestar o seu desejo de se divorciar do marido, num caso que está por resolver. Em 2000, a escritora Susan Berman, amiga de Durst, apareceu morta com um tiro na cabeça, num momento em que a polícia pretendia interrogá-la sobre o caso da mulher do milionário. Um ano mais tarde, Durst foi acusado de assassinar um homem do Texas, mas em 2003 foi absolvido, apesar de ter admitido que desmembrou o corpo.

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