Milhares de animais em vias de extinção são vendidos online
Milhares de espécies em vias de extinção são vendidas na Internet, vivas ou pelas suas partes do corpo, segundo um relatório da organização de conservação IFAW. A organização encontrou animais protegidos, como chitas, babuínos, sapos ou aves raras, à venda em páginas da Internet acessíveis por qualquer um.
O relatório demonstra os resultados de uma investigação que em apenas seis semanas identificou mais de 33 mil animais selvagens, ou as suas partes e produtos derivados, como é o caso do marfim, de dentes de leopardo das neves ou de tapetes de urso polar, a serem vendidos na Internet,
"À medida que a caça furtiva chega a níveis alarmantes, o cibercrime relacionado com a vida selvagem constitui uma ameaça sinistra e silenciosa para as espécies em vias de extinção, incluindo elefantes, répteis e pássaros, permitindo que os criminosos façam os seus negócios sangrentos no anonimato", disse Azzedine Downes, presidente do IFAW (International Fund for Animal Welfare).
O relatório, lançado esta terça-feira pelo IFAW, é o resultado de seis semanas de investigação intensiva no início de 2014, que analisou sites em 16 países. Este mostrou que 54% dos anúncios relacionados com animais em vias de extinção eram de animais vivos - "possivelmente muitos dos quais vão ser enviados por correio àqueles que os comprem", disse hoje, em comunicado, Tania McCrea-Steele, representante do IFAW. O marfim também tem protagonismo, incluído em quase um terço dos anúncios.
"Quem queiram quer não, muito do comércio online e offline de animais em vias de extinção e das suas partes é completamente legal", acrescentou McCrea-Steele, "mas os nossos investigadores tiveram preocupações que um número significativo de anúncios tivesse sido colocado por criminosos". Como tal, cerca de 1192 dos anúncios foram entregues às autoridades para serem investigados.